tag:blogger.com,1999:blog-1958866614152048502024-03-14T13:05:32.970+00:00Sociologia da ReligiãoUm Blog com questões actuais e momentos históricos marcantes sobre a Religião. Para os interessados, aqui podem obter alguma informação pedagógica, e não só, sobre a Sociologia da Religião.Natália Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/08284368433766361847noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-195886661415204850.post-90795196457108918172008-02-07T03:18:00.000+00:002008-02-07T15:40:15.239+00:00Hinduísmo, Islamismo e Cristianismo: Perspectivas em análise<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN6v7QyexhT83uBr6aZLU_peMqD4q69g4ufhYYlWSd6SFP9z8CkiI72cEo5Q-Wc6mBcXc6nDAq5tZqw0yOZsrnmm3xMOncZyH94mQTjCZFnXxpU37v6agbj1V2vuBfTYThScObHO8eFVQ/s1600-h/180px-Brahma_Inde_Musée_Guimet_27971.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5164080785079346146" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 152px; CURSOR: hand; HEIGHT: 175px" height="199" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN6v7QyexhT83uBr6aZLU_peMqD4q69g4ufhYYlWSd6SFP9z8CkiI72cEo5Q-Wc6mBcXc6nDAq5tZqw0yOZsrnmm3xMOncZyH94mQTjCZFnXxpU37v6agbj1V2vuBfTYThScObHO8eFVQ/s320/180px-Brahma_Inde_Mus%25C3%25A9e_Guimet_27971.jpg" width="180" border="0" /></a><br /><div align="justify"><span style="font-family:arial;">O Hinduísmo surge como uma religião que engloba um conjunto de tradições culturais, sociais e religiosas. O ser supremo desta religião é o Brahma (ver figura). O conceito Hindu de divindade é simultaneamente panteísta e politeísta. O carácter politeísta desta religião é facilmente reconhecido através da adoração a diversos deuses:</span></div><span style="font-family:Arial;"></span><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">- Brahma, o criador; Shiva, o destruidor; Vishnu, o preservador e Kali, a deusa-mãe. </span></div><p align="justify"><span style="font-family:Arial;">Os Hindus encaram ainda o mundo como um estado transitório e de importância reduzida. A ideia de reencarnação está bem patente na sua </span><span style="font-family:Arial;">doutrina.</span><span style="font-family:Arial;">Na perspectiva Hindu, o mal não é considerado um atentado contra Deus. </span><span style="font-family:Arial;">A salvação pode ser obtida através de três formas distintas:</span><br /></p><ul><li><span style="font-family:Arial;">Através do conhecimento.</span></li><br /><li><div align="justify"><span style="font-family:Arial;">Através da devoção.</span></div></li><br /><li><span style="font-family:Arial;">Através das obras.</span></li></ul><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidNWZykLVWkjHfpkp5MWVBeYojhUuo-OTpLiS7spZ5AO3IGfgZGcz5jVm-1bnUvm7YHJViRU2CzqV2auGfzXt9EqRh7Ozr5dKs5gB0eOjJeRxfE3_HSlRh9J1yYTvBS-tI0kXfwebUNmo/s1600-h/Islamismo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5164079887431181266" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 250px; CURSOR: hand; HEIGHT: 241px" height="205" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidNWZykLVWkjHfpkp5MWVBeYojhUuo-OTpLiS7spZ5AO3IGfgZGcz5jVm-1bnUvm7YHJViRU2CzqV2auGfzXt9EqRh7Ozr5dKs5gB0eOjJeRxfE3_HSlRh9J1yYTvBS-tI0kXfwebUNmo/s320/Islamismo.jpg" width="250" border="0" /></a><br /><div align="justify">Relativamente ao Islamismo ou religião muçulmana, esta apresenta as seguintes caracteristicas:</div><ul><br /><li>Religião monoteísta.</li><br /><li>Crença em Allah.</li><br /><li>Crença nos anjos, profetas e livros sagrados.</li><br /><li>Crença no dia do Julgamento Final.</li><br /><li>Crença na predestinação.</li></ul><br /><p align="justify">Apresentam-se ainda os cinco pilares elementares do islamismo:<br /></p><ul><li><div align="justify">A recitação e aceitação do credo.<br /></div></li><li><div align="justify">Oração.<br /></div></li><li><div align="justify">Pagar esmola.<br /></div></li><li><div align="justify">Observar o jejum.<br /></div></li><li><div align="justify">Fazer a perigrinação a Meca. </div></li></ul><p align="justify"><span style="font-family:Arial;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhbLiMjQ8FbjIsnoWFgrX-OJvOvXew-pCbrcr9vsVXt-P-B5udPr3S6CldeTsh29VZRkoItFC__t4r__iJPcdldWrxOKmogv9sxlN1lnpBZCRUiOEfQZfvqvOwioVygFM-hgieqiAOsD4/s1600-h/Cristianismo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5164081034187449330" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 180px; CURSOR: hand; HEIGHT: 241px" height="201" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhbLiMjQ8FbjIsnoWFgrX-OJvOvXew-pCbrcr9vsVXt-P-B5udPr3S6CldeTsh29VZRkoItFC__t4r__iJPcdldWrxOKmogv9sxlN1lnpBZCRUiOEfQZfvqvOwioVygFM-hgieqiAOsD4/s320/Cristianismo.jpg" width="180" border="0" /></a></span></p><br /><p align="justify"><span style="font-family:Arial;">O cristianismo surge actualmente como a religião com maior número de adeptos. Em </span><span style="font-family:Arial;">traços gerais, esta religião caracteriza-se por a crença no monoteísmo e da importância na figura de Jesus de Nazaré.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:Arial;">Apresenta a fé como factor determinante para atingir a vida eterna e salvação.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:Arial;">Crença na vida depois da morte.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:Arial;">A igreja é visualizada como como um local de culto previligiado.</span></p><p align="justify"><span style="font-family:Arial;">Formas de culto diversificadas: (Oração; eucaristia; leitura da biblia).</span></p><p><br /></p><p>Biliografia:</p><p><span style="font-size:85%;">DELUMEAU, Jean (dir.), <em>As Grandes Religiões do Mundo,</em> 3.ª ed., Lisboa, Editorial Presença, 2002.<br /></span></p>Vitor Gramosohttp://www.blogger.com/profile/15317680152416798495noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-195886661415204850.post-37906229341687928052008-02-06T16:20:00.000+00:002008-02-07T00:03:47.839+00:00Por uma análise sociológica: O Simbolismo Religioso<div align="justify"><span style="font-size:85%;"></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_OKcVBjSbUfLKPl23Do602gbaQZtqwqWpSVsnzYgo15d9kudAKz7ZA7_yE2JULEQBOtwzTyUAXuD2E923oFuWB3oksYVeZuNSPUFgjDZyg_wHwan7zPW9h5bgRZtj1tMFujLENcRTlU7Y/s1600-h/simbolos-religiosos-Site-in[1].jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5163904400334836834" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_OKcVBjSbUfLKPl23Do602gbaQZtqwqWpSVsnzYgo15d9kudAKz7ZA7_yE2JULEQBOtwzTyUAXuD2E923oFuWB3oksYVeZuNSPUFgjDZyg_wHwan7zPW9h5bgRZtj1tMFujLENcRTlU7Y/s320/simbolos-religiosos-Site-in%5B1%5D.jpg" border="0" /></a><br />Independentemente do tipo de comunicação, os símbolos têm outras modalidades de influência sobre a vida social, principalmente porque servem para concretizar, tornar visuais e palpáveis realidades abstractas, mentais ou morais, da sociedade.<br />O simbolismo religioso tem como fim ligar o homem a uma ordem supranatural ou sobrenatural. Mas pode sustentar-se que o simbolismo religioso não deixa de ser profundamente social. O simbolismo religioso alimenta-se do contexto social, que exprime realidades sociais, que tem alcance e consequências sociais. Assim, serve para distinguir os fiéis dos não-fiéis, o clero dos fiéis, os lugares sagrados dos lugares profanos, os objectos puros dos impuros, etc. Configura desse modo a própria textura da sociedade, para construir hierarquias. Seja pelo vestuário, por ritos, sacramentos, sinais invisíveis, a religião é rica em símbolos que dividem para melhor reunir (Rocher, 1989).<br />A própria vida religiosa é quase, universalmente, uma prática social, em que a solidariedade mística tem um papel central, detendo grande diversidade de símbolos para se exteriorizar e desenvolver. Por exemplo, a constituição de comunidades humanas geograficamente identificáveis que são ao mesmo tempo comunidades espirituais; as cerimónias que apelam à participação dos assistentes, como as oferendas, comunhões físicas; outras cerimónias como os ritos de iniciação, as cerimónias do casamento, os ritos fúnebres, etc.<br />Se a religião é dotada de símbolos diversos, é porque faz referência a um universo invisível, inacessível directamente, devendo portanto seguir a vida simbólica para manterem o homem em contacto com esse universo. Ora, a sociedade apresenta as mesmas características: transcende cada pessoa, requer a solidariedade de comunidades vastas, complexas ou mesmo dificilmente perceptíveis, obriga a relação entre grupos, colectividades e massas, etc. A sociedade e a sua complexa organização, não poderiam existir e perpetuar-se, tal como a religião, sem o contributo multiforme do simbolismo, tanto pela participação ou identificação que ele favorece como pela comunicação de que é instrumento (Rocher, 1989).<br />Pode-se dizer, então, que os símbolos servem para ligar os actores sociais entre si, por intermédio dos diversos meios de comunicação que põem ao seu serviço; servem igualmente para ligar os modelos aos valores, de que são a expressão mais concreta e mais directamente observável; por último, os símbolos recriam incessantemente a participação e a identificação das pessoas e dos grupos às colectividades e estabelecem constantemente as solidariedades necessárias à vida social. Por intermédio dos símbolos, o universo ideal de valores passa para a realidade, torna-se, simultaneamente, visibilidade e crença social.<br /><br /><span style="font-size:78%;">ROCHER, Guy, Sociologia Geral – A acção social, Editorial Presença, 5ª Edição, Lisboa, 1989. </span></div>Mafalda Oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06930107867914330394noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-195886661415204850.post-8377627840752283132008-02-06T15:45:00.000+00:002008-02-06T23:07:01.037+00:00Weber e a Religião<div align="justify">Weber concentrou a sua atenção nas religiões ditas mundiais, aquelas que atraíram um grande número de crentes e que afectaram, em grande medida, o curso global da história. Teve em atenção a relação entre a religião e as mudanças sociais, acreditava que os movimentos inspirados na religião podiam produzir grandes transformações sociais, dando o exemplo do Protestantismo.<br />Para Weber, as concepções religiosas eram cruciais e originárias das sociedades humanas, pois o homem, como tal, sempre esteve à procura de sentido e de significado para a sua existência; não simplesmente de ajustamento emocional, mas de segurança cognitiva ao enfrentar problemas de sofrimento e morte (Ó Dea, 1969). Procura-se na religião signos de transcendência e de esperança. Assim, Weber estava preocupado em destacar a integração racional dos sistemas religiosos mundiais e não apenas o calvinista (objecto especial dos seus estudos), como resposta aos problemas básicos da condição humana: “contingência, impotência e escassez”.<br />Weber mostra que as religiões, ao criar respostas a tais problemas – respostas que se tornam parte da cultura estabelecida e das estruturas institucionais de uma sociedade –, influem de maneira mais íntima nas atitudes práticas dos homens com relação às várias actividades da vida diária (Ó Dea, 1969). Com isto, Weber considerava que, ao problema humano do sentido e significação existencial, a religião, de maneira eficaz, oferecia uma resposta final. Por conseguinte, como já afirmamos, ela torna-se, pela forma institucional que assume, um factor causal na determinação da acção. No caso específico do protestantismo, a sua força é vista como indispensável (mas não a única) para o surgimento do fenómeno da modernidade ocidental, com seus valores inerentes de individualismo, liberdade, democracia, progresso, entre outros.<br />Portanto, segundo a teoria de Weber, religião é uma das fontes causadoras de mudanças sociais. Para ele, o processo de racionalização religiosa ou de “desencantamento do mundo” culminou no calvinismo do século XVII e em muitos outros movimentos, chamados por ele de “seitas”. Desse momento em diante, procurou-se assegurar a salvação (temporal e eterna) não por meio de ritos, ou por uma fuga mística do mundo ou por uma ascética transcendente, mas acreditando-se no mundo pelo trabalho, pela profissão, pela inserção.<br />Portanto, segundo Weber, o capitalismo é definido pela existência de empresas cujo objectivo é produzir o maior lucro possível e cujo meio é a organização racional do trabalho e da produção. É a união do desejo de lucro e da disciplina racional que constitui historicamente o traço singular do capitalismo ocidental. Weber quis demonstrar que a conduta dos homens nas diversas sociedades só pode ser compreendida dentro do quadro da concepção geral que esses homens têm da existência. Os dogmas religiosos e sua interpretação são partes integrantes dessa visão do mundo; é preciso entendê-los para compreender a conduta dos indivíduos e dos grupos, nomeadamente o seu comportamento económico. Por outro lado, Weber quis provar que as concepções religiosas são, efectivamente, um determinante da conduta económica e, em consequência, uma das causas das transformações económicas das sociedades (Aron, 1999). Dessa forma, o capitalismo estaria motivado e animado por uma visão de mundo específica de um tipo de protestantismo que na sua acção social favoreceu a formação do regime capitalista.<br /><br /><br /><strong><span style="font-size:78%;">Bibliografia:</span><br /></strong><br /><span style="font-size:78%;">ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociológico. São Paulo: Martins Fontes, 1999.<br /><br />Ó DEA, Thomas F. Sociologia da religião. São Paulo: Pioneira, 1969.</span></div><div align="justify"><br /><span style="font-size:78%;">WEBER, Max. Sociologia das Religiões, Relógio D’Água Editores, Abril de 2006</span></div>Edna Martinshttp://www.blogger.com/profile/02726998576645623287noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-195886661415204850.post-40220967484951570802008-02-06T14:45:00.000+00:002008-02-06T23:05:52.765+00:00A perspectiva de Durkheim<div align="justify">Durkheim é um autor que estudou a religião em sociedades pequenas, considerando a religião como uma “coisa social” (Ó Dea, 1969).<br />Para o autor, na questão religiosa há uma preocupação básica que é a diferença entre sagrado e profano. Durkheim é bem explícito ao afirmar que: “o sagrado e o profano foram sempre e por toda a parte concebidos pelo espírito humano como géneros separados, como dois mundos entre os quais nada há em comum (…) uma vez que a noção de sagrado é no pensamento dos homens, sempre e por toda a parte separada da noção do profano (…) mas o aspecto característico do fenómeno religioso é o facto de que ele pressupõe uma divisão e bipartida do universo conhecido e conhecível em dois géneros que compreendem tudo o que existe, mas que se excluem radicalmente. As coisas sagradas são aquelas que os interditos protegem e isolam; as coisas profanas, aquelas às quais esses interditos se aplicam e que devem permanecer à distancia das primeiras.” Ou seja, para Durkheim, há uma natural superioridade do sagrado em relação ao profano (Durkheim, 1990).<br />É possível constatar que a participação na ordem sagrada, como o caso dos rituais ou cerimónias, dão um prestígio social especial, ilustrando uma das funções sociais da religião, que pode ser definida como um sistema unificado de crenças e de práticas relativas às coisas sagradas. Estas unificam o povo numa comunidade moral (igreja), um compartilhar colectivo de crenças, que por sua vez, é essencial ao desenvolvimento da religião. Dessa forma, o ritual pode ser considerado um mecanismo para reforçar a integração social. Durkheim conclui que a função substancial da religião é a criação, o reforço e manutenção da solidariedade social. Enquanto persistir a sociedade, persistirá a religião (Timasheff, 1971).<br /><br /><span style="font-size:78%;">Bibliografia:<br /></span><br /><span style="font-size:78%;">DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. 4ª Edição, Lisboa: Presença, 1991.<br /><br />Ó DEA, Thomas F. Sociologia da religião. São Paulo: Pioneira, 1969.<br /><br />TIMASHEFF, Nicholas S. Teoria Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.</span></div>Natália Rodrigueshttp://www.blogger.com/profile/08284368433766361847noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-195886661415204850.post-10299133195251571762008-02-06T00:41:00.000+00:002008-02-06T01:16:57.540+00:00"Que Deus"<span style="font-size:85%;"><br /><embed src="http://www.youtube.com/v/VSTGhKsvqkE&rel=" width="425" height="355" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></span><br /><span style="font-size:85%;"></span><br /><span style="font-size:85%;">Há perguntas que têm que ser feitas<br />Quem quer que sejas, onde quer que estejas<br />Diz-me se, é este o mundo que desejas?<br />Homens rezam acreditam, morrem por ti<br />Dizem que tás em todo o lado, mas não sei se já te vi<br />Vejo tanta dor no mundo, pergunto-me se existes<br />Onde está a tua alegria, neste mundo de homens tristes?<br />Se ensinas o bem, porque é que somos maus por natureza?<br />Se tudo podes, porque é que não pões comida à minha mesa?<br />Perdoa-me as dúvidas, tenho que perguntar<br />Sou o teu filho e tu me amas, porque é que me fazes chorar?<br />Ninguém tem a verdade, o que sabemos são palpites<br />Sangue é derramado, em teu nome é porque o permites<br />Se me deste olhos, porque é que não vejo nada?<br />Se sou feito à tua imagem, porque é que eu durmo na calçada?<br />Será que pedir a paz entre os Homens, é pedir demais?<br />Porque é que sou discriminado, se somos todos iguais?<br />Porquê?</span><br /><span style="font-size:85%;"><br />REFRÃO:<br />Porque é que os Homens se comportam como irracionais?<br />Porque é que guerras doenças matam cada vez mais?<br />Porque é que a paz não passa de ilusão?<br />Como pode o Homem amar com armas na mão?<br />Porquê?<br />Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitas<br />E se eu escolher o meu caminho será que me aceitas?<br />Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei<br />Eu acredito é na paz e no amor<br /><br />Por favor, não deixes o mal entrar no meu coração<br />Dou por mim a chamar o teu nome, em horas de aflição<br />Mas, tens tantos nomes, és Rei de tantos tronos<br />Se o Homem nasce livre, porque é que alguns são donos?<br />Quem inventou o ódio? Quem foi que inventou a guerra?<br />Às vezes acho que o inferno, é um lugar aqui na Terra<br />Não deixes crianças, sofrer pelos adultos<br />Os pecados são os mesmos, o que muda são os cultos<br />Dizem que ensinaste o Homem a fazer o bem<br />Mas no livro que escreveste, cada um só lê o que lhe convém<br />Passo noites em branco, quase sem dormir a pensar<br />Tantas perguntas, tanta coisa por explicar<br />Interrogo-me, penso no destino que me deste<br />E tudo o que me acontece, é porque Tu assim quiseste<br />Porque é que me pões de luto e me levas quem eu amo?<br />Será que é essa a justiça pela qual eu tanto reclamo?<br />Será que só percebemos quando chegar a nossa altura?<br />Se calhar desse lado está a felicidade mais pura<br />Mas se nada fiz, nada tenho a temer<br />A morte não me assusta, o que assusta é a forma de morrer<br /><br />REFRÃO:<br />Porque é que os Homens se comportam como irracionais?<br />Porque é que guerras doenças matam cada vez mais?<br />Porque é que a paz não passa de ilusão?<br />Como pode o Homem amar com armas na mão?<br />Porquê?<br />Peço perdão pelas perguntas que tem que ser feitas<br />E se eu escolher o meu caminho será que me aceitas?<br />Quem és tu? Onde estás? O que fazes? Não sei<br />Eu acredito é na paz e no amor<br /><br />Quanto mais tento aprender, mais sei que nada sei<br />Quanto mais chamo o teu nome, menos entendo o que chamei<br />Por mais respostas que tenha, a dúvida é maior<br />Quero aprender com os meus defeitos, acordar um homem melhor<br />Respeito o meu próximo, para que ele me respeite a mim<br />Penso na origem de tudo, e penso como será o fim<br />A morte é o fim ou é um novo amanhecer?<br />Se é começar outra vez, então já posso morrer<br /><br />MADREDEUS:<br />Ao largo, ainda arde<br />A barca, da fantasia<br />O meu sonho acaba tarde<br />Acordar é que eu não queria<br /><br />Letra da música "Que Deus" de Boss AC</span><br /></span>Mafalda Oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06930107867914330394noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-195886661415204850.post-43432077163856395012008-02-05T18:11:00.000+00:002008-02-07T00:40:16.862+00:00Como podemos definir o conceito de Religião?<div align="center"><strong></strong></div><div align="center"><strong></strong></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Ao longo de milhares de anos, a <strong>religião </strong>tem evidenciado um importante papel na vivência dos seres humanos.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Apesar da universalidade que caracteriza o <strong>fenómeno religioso</strong>, de uma forma ou outra, a <strong>religião</strong> marca presença em todas as sociedades humanas, influenciando a forma como vemos e reagimos ao meio que nos rodeia.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Não existe uma definição de <strong>religião</strong> genericamente aceite, a sua concepção varia naturalmente de sociedade para sociedade, cultura para cultura.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Não obstante a isto, poder-se-á enumerar algumas das principais características "comuns" ou "partilhadas" entre todas as <strong>religiões</strong>.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:arial;">Tradicionalmente, as diferentes <strong>religiões</strong> evidenciam um sistema de crenças no sobrenatural, envolvendo maioritariamente Deuses ou divindades. Implicam igualmente um conjunto de simbolos; sentimentos e pràcticas religiosas. Paralelamente, a <strong>religião</strong> apresenta-se como um fenómeno social e não apenas individual. O referido atributo de fenómeno social atribuido à <strong>religião</strong> perpetua-se através das cerimónias habituais, que decorrem predominantemente em locais de culto indicados para tal: igrejas, templos ou santuários.</span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;"></span></div><div align="justify"><span style="font-family:Arial;">Resumidamente, apresentam-se os principais indicadores comuns às várias <strong>religiões, </strong>que contribuem para uma melhor compreensão do fenómeno religioso:</span></div><ul><li><div align="left"><span style="font-family:arial;">A tendência para a sacralização de determinados locais;</span></div></li><li><div align="left"><span style="font-family:Arial;">A forte interação com o divino;</span></div></li><li><div align="left"><span style="font-family:Arial;font-size:85%;"><span style="font-size:100%;">A exposição de grandes narrativas que explicam, legitimam e fundamentam o começo do mundo e sua existência</span>.</span></div></li></ul><p align="left"><span style="font-family:Arial;font-size:85%;">Bibliografia:</span></p><p align="left"><span style="font-family:Arial;font-size:85%;">FILOMARO, Giovanni; PRANDI, Carlo, <em>As Ciências das religiões,</em> São Paulo: Paulus, 1999.</span></p><p align="left"><span style="font-family:Arial;font-size:85%;">Ó DEA, Thomas F., <em>Sociologia da Religião</em>, São Paulo: Pioneiro, 1969</span></p>Vitor Gramosohttp://www.blogger.com/profile/15317680152416798495noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-195886661415204850.post-72909114282628170442008-01-27T16:25:00.001+00:002008-02-06T22:52:50.544+00:00Entre dois Mundos...<span style="font-size:85%;">Este Blog surgiu depois de quatro colegas de curso, do Mestrado em Sociologia da Universidade do Minho, terem assistido ao filme "<em>Partition</em> - Entre dois Mundos".<br /></span><div><div><div><div><br /><div><span style="font-size:85%;">A grande maioria dos conflitos que se evidenciaram ao longo da história, retratam fundamentalmente uma série de conflitos religiosos e territoriais, envoltos nas diferenças étnicas, religiosas e culturais. </span></div><div><span style="font-size:85%;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5160230773072647250" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" height="304" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL_XpuCGPzmYKQyONn5TScEwjYmxlm0v9XiwTigWYKXXlhV-Efz757zLlITjomq87ICFrGT18yT2HvuIHkQeBSXeCN9hJxKEIlFJBcIDh9eAnViJtF-XiVOok4W8KXAkBF2Qsjw40gpVrx/s320/coveergc7.jpg" width="200" border="0" /><br />A 2ª Guerra Mundial constitui-se em oportunidade para os nacionalistas indianos, perante um grupo britânico desejoso da cooperação indiana durante o conflito. Por esta altura foi lançado o movimento “<em>Quit Índia</em>” (“Deixem a Índia”), bordão dirigido aos britânicos, ao qual a liga muçulmana não se associou de maneira formal. Seguiu-se um período de violência descontrolada na Índia provocada pela repressão ao movimento de desobediência civil de Gandhi e agravado pela fome catastrófica que levaria à morte de milhões de pessoas.<br />Partindo deste pressuposto, o filme Partition, retrata a multiplicação de confrontos violentos e sangrentos entre a </span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXXMDfeNlEMBOCs29XeumTD1FW6xJQtsbKnbCf5QyEI9gZkSSo55UMJ0LyQhfKBEevMCmOKeiuSZBp-DoXl-Iqp-_FF87QV2Ux91C8cRY3bo4WqGn6Waio_PaRZpowtWcAjZhzSj-YUMp_/s1600-h/partition423tv.jpg"><span style="font-size:85%;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5160223089376154626" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 113px; CURSOR: hand; HEIGHT: 159px" height="253" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXXMDfeNlEMBOCs29XeumTD1FW6xJQtsbKnbCf5QyEI9gZkSSo55UMJ0LyQhfKBEevMCmOKeiuSZBp-DoXl-Iqp-_FF87QV2Ux91C8cRY3bo4WqGn6Waio_PaRZpowtWcAjZhzSj-YUMp_/s320/partition423tv.jpg" width="152" border="0" /></span></a><span style="font-size:85%;">comunidade muçulmana, de um lado, e as comunidades siques e hindus, por outro. Resultante da separação da Índia e do Paquistão em 1947.<br />O filme conta a história de Gian Singh um militar com 38 anos, do exército índio-britânico que depois de dois anos em combate, volta para a Índia atormentado por ter perdido o seu amigo na guerra. Depois de devolver os pertences à irmã do falecido, Margaret Stilwell, Gian decide nunca mais voltar a combater preferindo viver pacificamente na sua aldeia natal, Punjab. Mas como esta povoação situa-se próxima da fronteira entre a Índia e o Paquistão, diversos assassinatos decorrem naquele espaço. Quando a vida de Gian estava a tornar-se mais serena, alguns hindus da sua aldeia assassinam um grupo de emigrantes muçulmanos. Naseem Khan uma jovem rapariga com 17 anos consegue fugir, deixando para trás a sua família. Muito fragilizada ela é encontrada por Gian, que acolhe-a na sua casa.<br />Depois de alguns obstáculos serem ultrapassados, como o facto de uma muçulmana viver naquela aldeia, um grande amor vai nascer entre Gian e Naseem. Depois de ambos criarem uma família, a amiga de Gian, Margaret, responde aos múltiplos pedidos de ajuda para encontrar a família de Naseem. Com muitas saudades, Nassem deixa a Índia para atravessar até o Paquistão por pouco tempo, com o fim de encontrar a sua família da qual foi “obrigada” a separar-se naquela tarde em que o seu pai foi assassinado, agora pelos seus novos vizinhos. Mas nem tudo corre bem quando ela chega à casa dos Khan, o que faz com que Gian entre numa grande aventura religiosa para lutar pelo amor da sua vida. </span><br /></div><div><span style="font-size:85%;"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5160223858175300642" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 212px; CURSOR: hand; HEIGHT: 115px" height="145" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwOHFNmXJA4PtLSYX-4aFnLT3YxMilUE_CA_PkjM0NcfKnE478j0yC-VJ9Ghmfj90bw2IrswGjo3sRMKu0T4XHdZPY5ZE-sFFnTXRohK39GTqzb2ojpZf75CqNzwgQp9rB6Sqf5wjyfLzw/s320/arts_partition_392.jpg" width="253" border="0" /></span><span style="font-size:85%;"><br />A sociedade não é apenas uma estrutura social, é também um complexo de processos sociais. Num dado momento as relações, valores e objectivos da sociedade estão particularmente estáveis, como noutro momento ocorrem mudanças sociais, por vezes tão rápidas que provocam uma visível perturbação na estrutura estabelecida. (Ó Dea, 1969) Quando ocorre a separação da Índia em dois fragmentos (Paquistão para os Muçulmanos e Índia para os Siques/Hindus) deparamo-nos com uma desordem na estrutura social, que se manifesta nas deslocações sistemáticas de um país para o outro, e nos massacres desenvolvidos por cada uma das religiões, gerando obrigatoriamente instabilidade e insegurança. </span></div><div><br /><span style="font-size:85%;">Género: Drama, Romance, Guerra</span></div><div><span style="font-size:85%;">Título: <em>Partition</em></span><br /></div><div><span style="font-size:85%;">De: Vic Sarin</span></div><div><span style="font-size:85%;">Escrito por: Patricia Finn, Vic Sarin</span></div><div><span style="font-size:85%;">Com: Jimi Mistry, Kristin Kreuk, Neve Campbell</span></div><div><span style="font-size:85%;"></span></div><div><span style="font-size:85%;">Deixo-vos agora o<em> trailer</em> do filme para o ficarem a conhecer melhor...<br /></span><br /><embed src="http://www.youtube.com/v/uSykLf_A0Uw&rel=" width="425" height="355" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent"></embed></div></div></div></div></div>Mafalda Oliveirahttp://www.blogger.com/profile/06930107867914330394noreply@blogger.com2